85° Corrida Internacional de São Silvestre

Amigos Corredores,

Ontem participei da última prova de corrida de rua do Ano, A famosa Corrida Internacional de São Silvestre. Era uma corrida que, para mim, era muito esperada, afinal, na minha primeira temporada como corredor de rua, me sentia em condições de participar de uma prova de 15 km.

Retirei o kit na segunda-feira(28/12) com tranquilidade, embora seriam 20 mil participantes. No dia da prova, fui almoçar na casa de meus pais e levei meu filho. Às 15hs00min, saímos de casa. Resolvi ir de carro. Deu um certo trabalho para estacionar, pois, as ruas próximas à prova já estavam sendo interditadas pela CET, mas nada tão complicado.

Às 15hs40min já estava na Avenida Paulista, que, a essa altura já estava muito movimentada. Após o alongamento e aquecimento, deixei meus pais juntamente com meu filho na região da chegada junto às grades de proteção e fui para a área de largada. Estava realmente muito cheio. Fiquei bem atrás, afinal, por ser minha primeira São Silvestre, tinha como objetivo maior, apenas terminar bem a prova, sem me preocupar com o tempo.

Larguei em frente à Rua Pamplona, aproximadamente uns 300 metros do pórtico de largada. Era tanta gente, segundo a organização, eram 21 mil corredores, que mesmo depois de soar a sirene de começo da prova, eu permaneci parado no mesmo lugar por aproximadamente 10 minutos. Larguei 15 minutos depois, passei pelo pórtico, mas, não vi o tapete de cronometragem.

Medalha da Prova

Por mais cuidado que tive com a largada, ainda assim, pouco antes de chegar à Rua Bela Cintra, acabei sendo calçado por outro corredor e tomei um tombo, para delírio das pessoas que se aglomeravam na Avenida Paulista, não foi nada grave, apenas um leve machucado no joelho que vim a tomar conhecimento somente no final da prova.

Levantei rapidamente, verifiquei se não havia nenhum sangramento e fui em frente. A largada foi em ritmo lento devido a quantidade de corredores.A temperatura era bastante alta, na casa dos 29°C, numa tarde de sol, pouco antes das 17hs00min.

O ritmo só melhorou um pouco a partir do kilômetro 2, em frente ao Cemitério da Consolação. Até aí, tudo é descida, mas eu buscava me poupar o tempo todo, pois, tinha conhecimento da subidas que ainda estavam por vir. No Percurso inteiro, tem gente de ambos os lados, incentivando, tirando fotos, se divertindo com os corredores fantasiados, etc. Consegui impor um ritmo bom até o kilômetro 4, na Av. São João quando, para minha surpresa, veio o primeiro posto de hidratação, surpresa minha, porque todos estavam jogando os copinhos de água no próprio percurso, logo, o cuidado tinha que ser maior, pois, pisar num copinho, com asfalto molhado poderia provocar escorregões e tombos, então, fiquei mais esperto.

Av. Paulista, local da Largada

Veio a primeira subida, a do Viaduto Elevado Costa e Silva, sem público, mas com o incentivo dos moradores dos prédios, trecho já conhecido por mim de outras etapas do Circuito Adidas. Vencido os primeiros 5 kilômetros, seguimos por pequenas descidas e subidas do Elevado, rumo à Avenida Pacaembu, na metade da prova.

Veio o Kilômetro 8, na Av. Norma Gianotti, com leve subida, o cansaço já batia e o meu ritmo de prova já diminuia a medida que seguíamos na Corrida. A aglomeração de corredores já era bem menor, facilitando o percurso. Veio, então, a longa reta da Av. Rudgen no kilômetro 9, parecia que não terminava mais.

Elevado Costa e Silva

Chegamos à Av. Rio Branco, kilômetro 10, rumo ao Centro de São Paulo, chegava, enfim, o final de 2º Etapa da Prova. Mais um posto de hidratação e novamente o cuidado com o copinhos no meio do percurso.

Já estávamos no Centro da Cidade, precisamente no Largo do Paissandu, faltavam, agora, apenas 4 Kilômetros. Eu seguia firme no meu objetivo, muita gente torcendo e assistindo a nossa passagem. Seguimos no kilômetro 12, no Viaduto do Chá, agora faltava muito pouco, apesar que, estava chegando a temida Av. Brigadeiro Luis Antonio. Seguimos em frente, o local é bonito, eu que há muitos anos atrás já havia trabalhado na região e naquela epóca, não imaginava que um dia estaria realizando uma Corrida de São Silvestre, estava feliz e concentrado pois ainda restavam os últimos 3 kilômetros.

Av. Brigadeiro Luiz Antonio

Após o Viaduto Maria Paula, veio a última parte da Prova, a Av. Brigadeiro Luis Antonio, o meu ritmo durante a prova, me deu forças para conseguir transpôr a Avenida numa longa subida rumo à Av. Paulista, posso garantir a todos que não é uma subida fácil. O último posto de hidratação antes da reta final, serviu para refrescar a cabeça. O estímulo dos pedestres assistindo ao final da prova, é muito legal, afinal, fomos acompanhados pelos pedestres durante todo o percurso.

Enfim, chegamos a Av. Paulista, faltavam, agora, alguns metros para o cruzar a linha de chegada. então busquei o sprint final e cruzei com a sensação do dever e do objetivo comprido.

Quanto à Organização da Prova, deixa um pouco a desejar em todos os sentidos, muita desorganização na largada é um dos pontos a serem revistos, mas o charme dessa prova é o suficiente para participarmos das próximas edições da Corrida Internacional de São Silvestre.

Percurso da Prova

Tempo Bruto: 01:56:07
Tempo Líquido: 01:41:28
Pace: 00:06:44 / km

Chegamos ao final de Ano, mais uma vez, obrigado a todos que leram este blog pelo menos uma vez, desejo a todos um Feliz Ano Novo de muitas realizações e muitas corridas.

Até a próxima prova, no dia 17/01, no Circuito do Sol, no Pacaembu.

Abraço a Todos.